sábado, 15 de dezembro de 2007

Estrela cadente


A pau e pedra, meu enorme desatino.
Um legado mal construído de fúria,
Projetado desde que era um menino,
Afogava-se o tempo todo na luxúria
De conseguir manipular seu destino.

E revelou-se, com o caos e a cegueira
Do mundo em que reinava absoluto.
Procurou sapiência sob a macieira
De onde só conseguiu o podre fruto
De ganância e de uma vida faceira.

A celebrar, no caminho, o estandarte,
E então se acabou a esperança.
De súbito, a morte, um enfarte,
E ao mundo só deixou uma herança.

Em seu túmulo, esculpida, a lápide,
Onde sobra ao menos o prestígio,
A glória daquele último vestígio,
Da rigidez de sua vida cariátide,
E da queda de seu império carolíngio.

Um comentário:

o Cronista disse...

hum, tá usando palavras dificies e rimas boas!
rsrsrs