domingo, 23 de dezembro de 2007

Insônia


Deveria estar dormindo, mas perderia tudo,
Acordado também perco, só que não perco mudo.
Nem sei ao certo o que tenho de tão valioso
Que não gostaria de ver se esvaindo,
Caindo das mãos, meu bem mais precioso.

Quem me dera ser apenas sonho,
Mas de que sonho? Estou acordado,
Pensando, sofrendo, calado e tristonho
Me sinto como todas as luzes, apagado.

E cada vez que resgato um devaneio
De um momento insensato, lisongeiro,
Penso como seria melhor e mais verdadeiro
Ter dormido para sempre, e partido ao meio
O motivo para que esse ser ao mundo veio,
Despedaçando de uma vez, meu sonho inteiro.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse poema me assusta. :(

o Cronista disse...

mtoo bom!
deve ser por isso q vc adimiu sua vida de coruja: a noite trocada pelo dia!

Anônimo disse...

"Me sinto como todas as luzes, apagado."